Escrevendo Nosso Primeiro Artigo Científico: Aprendizagem Baseada em Problemas e o Uso do Blog

 


As equipes da turma do ZL Academy foram selecionadas para desenvolver um artigo científico para o SETA 2024 (em um prazo apertadíssimo, diga-se de passagem). Cada equipe ficou responsável por elaborar um artigo sobre o uso do blog como ferramenta de aprendizagem, destacando suas aplicações e benefícios pedagógicos.  

A equipe Gates não perdeu tempo e rapidamente arregaçou as mangas. Decidimos abordar a metodologia ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas), uma das metodologias ativas utilizadas ao longo das mentorias. A proposta do artigo foi explorar a relação entre essa abordagem e o uso do blog como um instrumento pedagógico.  

Com essa integração, foi possível observar o progresso dos alunos não apenas no aprendizado de conceitos específicos, mas também na evolução da escrita, na capacidade de se organizar e no desenvolvimento da comunicação. O blog se revelou uma ferramenta valiosa para acompanhar o crescimento contínuo dos participantes, demonstrando que ele não apenas promove a absorção de conhecimento, mas também contribui para a prática de habilidades essenciais para a vida acadêmica e profissional.


RESUMO DO ARTIGO

A ABP, uma abordagem educacional centrada no aluno, promove o desenvolvimento de habilidades colaborativas e de resolução de problemas, essenciais para o contexto atual. Através de desafios de automação apresentados pelos mentores, os alunos trabalharam em equipes, adotando uma liderança rotativa para resolver problemas práticos. Em paralelo, os estudantes mantiveram um blog como diário de bordo, registrando suas experiências e reflexões sobre o aprendizado. Os resultados mostraram que a equipe G evoluiu significativamente tanto na resolução dos desafios de automação quanto nas habilidades comunicativas. O uso do blog não apenas possibilitou um registro sistemático do progresso, mas também melhorou a capacidade de escrita dos integrantes, que aprenderam a articular suas soluções de forma clara e coesa.O estudo destaca como a ABP, aliada a ferramentas como blogs, pode potencializar o aprendizado, integrando o desenvolvimento técnico e a comunicação eficaz. 

METODOLOGIA

A metodologia ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas), combinada com ferramentas de aprendizagem, foi aplicada a uma turma de capacitação com 19 alunos. A turma foi organizada em cinco equipes, sendo quatro delas com quatro membros e uma com três integrantes. Essa divisão promoveu a colaboração entre os alunos, permitindo que compartilhassem conhecimentos e enfrentassem desafios de forma conjunta, fortalecendo o trabalho em equipe. 

Os mentores da capacitação elaboraram desafios práticos de automação, simulando situações encontradas no ambiente profissional. Os problemas envolviam o desenvolvimento de soluções automáticas para tarefas como preenchimento de formulários e manipulação de arquivos, preparando os alunos para demandas reais na área de automação. Cada equipe recebeu dois problemas específicos e teve um prazo para resolvê-los, utilizando raciocínio lógico, criatividade e habilidades técnicas. A gestão das tarefas seguia metodologias ágeis como Scrum e Kanban, e o progresso era monitorado por gráficos no Trello, organizados por um líder técnico (Tech Leader) definido a cada ciclo.  

Durante o processo, os mentores desempenharam um papel essencial, acompanhando o desenvolvimento das soluções, fornecendo orientação e garantindo o progresso adequado das equipes. Eles incentivaram a autonomia dos alunos, reforçando a lógica da ABP, onde o aprendizado ocorre de maneira ativa por meio da resolução de problemas. Em paralelo, as equipes foram estimuladas a manter um blog que funcionava como um diário de bordo, documentando o processo, refletindo sobre as experiências e compartilhando as dificuldades e soluções encontradas ao longo do curso.  

O foco da metodologia foi na "equipe G", que adotou uma liderança rotativa: a cada semana, um membro assumia o papel de Tech Leader, responsável por definir e delegar tarefas. A equipe optou por utilizar a metodologia ágil Scrumban devido à sua flexibilidade e fluxo de trabalho dinâmico. Além disso, organizaram uma escala para postagens no blog, onde cada integrante era responsável por publicar em dias designados, geralmente durante as mentorias. As postagens incluíam desde descrições dos desafios enfrentados e vídeos explicativos das soluções desenvolvidas até reflexões sobre o aprendizado obtido nas aulas teóricas e práticas.

Figura: O blog da equipe G contendo postagens tanto sobre os desafios quanto sobre as aulas. 


RESULTADOS

A equipe G, adotando o blog como uma ferramenta complementar de aprendizagem, demonstrou uma evolução significativa tanto na organização do processo de resolução de problemas quanto no desenvolvimento de habilidades comunicativas. 

O uso do blog como diário de bordo não apenas possibilitou o registro contínuo do progresso, mas também proporcionou uma estrutura mais clara para o acompanhamento das soluções desenvolvidas para os desafios de automação. 

Esse registro sistemático permitiu que os alunos refletissem sobre suas abordagens e identificassem pontos de melhoria, o que resultou em uma progressão constante na qualidade das soluções entregues. O uso do blog também promoveu melhorias na escrita dos integrantes da equipe G. 

A cada postagem, os alunos precisavam articular de forma clara e coesa as soluções adotadas, além de refletirem sobre suas experiências e o aprendizado obtido. Esse exercício regular de comunicação escrita contribuiu para o aprimoramento da capacidade de expressão dos alunos, que passaram a desenvolver textos mais estruturados e informativos, o conteúdo das postagens variava entre explicações técnicas, relatos de experiências pessoais e artigos sobre o que aprenderam nas aulas teóricas, o que diversificou as formas de expressão e ampliou o engajamento com o material do curso. 

O resultado desse esforço foi amplamente reconhecido pelos mentores, que elogiaram o teor profissional dos textos e a qualidade das análises publicadas no blog da equipe G. Os artigos escritos pelos alunos não só refletiam um profundo entendimento dos conceitos teóricos e práticos, mas também evidenciavam uma habilidade crescente de comunicação clara e eficaz. 

Luan Pinheiro

Sou técnico em eletrônica formado pelo IFAM, bacharel em Engenharia de Software pela UFAM e pós-graduado em Desenvolvimento de Sistemas pela UNIBTA. Apaixonado por tecnologia e aprendizado contínuo, estou me aprofundando na área de automação, sempre buscando contribuir e evoluir profissionalmente.

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